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3.4.07
FiM dO MUNdO 
Se a abelha desaparecer da 
superfície do planeta, então ao homem restariam apenas quatro anos de vida. Com 
o fim das abelhas, acaba a polinização, acabam as plantas, acabam os animais, 
acaba o homem.
diZimaçãO de abELhas 
ameaça vidA no pLaNEta
Potira Preiss envia matéria publicada (*) pelo 
semanário alemão Der Spiegel (O Espelho) na última sexta-feira, sobre uma misteriosa 
dizimação das populações de abelhas na Alemanha, semelhante ao acontecido nos 
Estados Unidos. 
Segundo a matéria do jornalista Gunther 
Latsch, o problema tem várias causas, uma delas o 
ácaro Varroa, oriundo da Ásia, e outra a prática 
disseminada na agricultura de borrifar as flores silvestres com herbicidas e 
promover a monocultura. Outra possível causa, apresentada por Walter Haefeker, do Conselho Diretor da Associação Alemã de Apicultores 
(Dbib), é o uso crescente e controverso 
de engenharia genética na agricultura.
"Já em 2005, Haefeker encerrou um artigo para o qual contribuiu no jornal 
"Der Kritischer Agrarbericht" (Relatório Agrícola Crítico) com uma citação 
de Albert Einstein: 'Se a abelha desaparecer da superfície do planeta, então ao 
homem restariam apenas quatro anos de vida. Com o fim das abelhas, acaba a 
polinização, acabam as plantas, acabam os animais, acaba o 
homem'."
"Eventos misteriosos nos últimos meses repentinamente fizeram a visão apocalíptica de Einstein parecer mais relevante. Por motivos desconhecidos, as populações de abelhas por toda a Alemanha estão desaparecendo - algo que até o momento está prejudicando apenas os apicultores. Mas a situação é diferente nos Estados Unidos, onde as abelhas estão morrendo em números tão dramáticos que as conseqüências econômicas poderão em breve ser calamitosas. Ninguém sabe o que está causando a morte das abelhas, mas alguns especialistas acreditam que o uso em grande escala de plantas geneticamente modificadas nos Estados Unidos poderia ser um fator."
"Felix Kriechbaum, um representante da associação regional dos apicultores na Baviera, informou recentemente um declínio de quase 12% na população local de abelhas."
"Eventos misteriosos nos últimos meses repentinamente fizeram a visão apocalíptica de Einstein parecer mais relevante. Por motivos desconhecidos, as populações de abelhas por toda a Alemanha estão desaparecendo - algo que até o momento está prejudicando apenas os apicultores. Mas a situação é diferente nos Estados Unidos, onde as abelhas estão morrendo em números tão dramáticos que as conseqüências econômicas poderão em breve ser calamitosas. Ninguém sabe o que está causando a morte das abelhas, mas alguns especialistas acreditam que o uso em grande escala de plantas geneticamente modificadas nos Estados Unidos poderia ser um fator."
"Felix Kriechbaum, um representante da associação regional dos apicultores na Baviera, informou recentemente um declínio de quase 12% na população local de abelhas."
"Manfred Hederer, o 
presidente da Associação Alemã de Apicultores, quase que simultaneamente 
informou uma queda de 25% nas populações de abelhas por toda a Alemanha. Em 
casos isolados, disse Hederer, declínios de até 80% 
foram informados. Ele especula que "alguma toxina em particular, algum agente do 
qual não estamos familiarizados", está matando as abelhas."
"Mas isto poderá mudar em breve. Desde novembro 
passado, os Estados Unidos estão vendo um declínio das populações de abelhas tão 
drástico que ofusca todas as ocorrências anteriores de mortalidade em massa. 
Os apicultores na Costa Leste dos Estados Unidos 
se queixam de terem perdido mais de 70% de suas colônias desde o final do ano 
passado, enquanto a Costa Oeste vê um declínio de até 60%."
"Em um artigo em sua seção de negócios no final de fevereiro, o "New York Times" calculou os prejuízos que a agricultura americana sofreria em caso de dizimação das abelhas. Especialistas da Universidade de Cornell, no interior de Nova York, estimaram o valor que as abelhas geram -polinizando plantas responsáveis por frutas e legumes, amendoeiras e trevos que alimentam animais- em mais de US$ 14 bilhões."
"Os cientistas chamam o fenômeno misterioso de "Colony Collapse Disorder" (CCD, desordem de colapso da colônia) e ele está se transformando rapidamente em uma espécie de catástrofe nacional. "
"Uma coisa é certa: milhões de abelhas simplesmente desapareceram. Na maioria dos casos, tudo o que resta nas colméias são proles condenadas. Mas as abelhas mortas não são encontradas - nem nas colméias e nem em qualquer lugar próximo delas. Diana Cox-Foster, um membro do Grupo de Trabalho para CCD, disse ao "The Independent" que os pesquisadores estão "extremamente alarmados", acrescentando que a crise "tem o potencial de devastar o setor de apicultura americano". É particularmente preocupante, disse ela, o fato da morte das abelhas ser acompanhada por um conjunto de sintomas "que não parece se enquadrar em nada na literatura".
"Em muitos casos, os cientistas encontraram evidência de quase todos os vírus de abelha conhecidos nas poucas abelhas sobreviventes encontradas nas colméias, após a maioria ter desaparecido. Algumas apresentavam cinco ou seis infecções ao mesmo tempo e estavam infestadas de fungos - um sinal, disseram especialistas, de que o sistema imunológico dos insetos pode ter entrado em colapso."
"Os cientistas também estão surpresos com o fato de abelhas e outros insetos geralmente deixarem as colméias abandonadas intactas. Populações próximas de abelhas ou parasitas normalmente atacariam os depósitos de mel e pólen das colônias que morreram por outros motivos, como um frio excessivo no inverno. "Isto sugere que há algo tóxico na própria colônia que os repele", disse Cox-Foster."
"Em um artigo em sua seção de negócios no final de fevereiro, o "New York Times" calculou os prejuízos que a agricultura americana sofreria em caso de dizimação das abelhas. Especialistas da Universidade de Cornell, no interior de Nova York, estimaram o valor que as abelhas geram -polinizando plantas responsáveis por frutas e legumes, amendoeiras e trevos que alimentam animais- em mais de US$ 14 bilhões."
"Os cientistas chamam o fenômeno misterioso de "Colony Collapse Disorder" (CCD, desordem de colapso da colônia) e ele está se transformando rapidamente em uma espécie de catástrofe nacional. "
"Uma coisa é certa: milhões de abelhas simplesmente desapareceram. Na maioria dos casos, tudo o que resta nas colméias são proles condenadas. Mas as abelhas mortas não são encontradas - nem nas colméias e nem em qualquer lugar próximo delas. Diana Cox-Foster, um membro do Grupo de Trabalho para CCD, disse ao "The Independent" que os pesquisadores estão "extremamente alarmados", acrescentando que a crise "tem o potencial de devastar o setor de apicultura americano". É particularmente preocupante, disse ela, o fato da morte das abelhas ser acompanhada por um conjunto de sintomas "que não parece se enquadrar em nada na literatura".
"Em muitos casos, os cientistas encontraram evidência de quase todos os vírus de abelha conhecidos nas poucas abelhas sobreviventes encontradas nas colméias, após a maioria ter desaparecido. Algumas apresentavam cinco ou seis infecções ao mesmo tempo e estavam infestadas de fungos - um sinal, disseram especialistas, de que o sistema imunológico dos insetos pode ter entrado em colapso."
"Os cientistas também estão surpresos com o fato de abelhas e outros insetos geralmente deixarem as colméias abandonadas intactas. Populações próximas de abelhas ou parasitas normalmente atacariam os depósitos de mel e pólen das colônias que morreram por outros motivos, como um frio excessivo no inverno. "Isto sugere que há algo tóxico na própria colônia que os repele", disse Cox-Foster."
TRaNSgênicos
"Os pesquisadores examinaram os 
efeitos do pólen de uma variante geneticamente modificada de milho transgênico, chamada "milho 
Bt", sobre as 
abelhas. Um gene de uma bactéria do solo foi inserido no milho, que permitiu à 
planta produzir um agente que é tóxico a pragas de insetos. O estudo concluiu 
que não havia evidência de "efeito tóxico do milho Bt 
em populações saudáveis de abelhas". Mas quando, por acaso, as abelhas usadas 
nas experiências foram infestadas por um parasita, algo estranho aconteceu. 
Segundo o estudo da Jena, "um declínio significativamente forte no número de 
abelhas" ocorreu entre os insetos que se alimentaram de uma ração altamente 
concentrada de Bt."
"Segundo Hans-Hinrich Kaatz, um professor 
da Universidade de Halle, no oeste da Alemanha, e 
diretor do estudo, a toxina bacteriana no milho geneticamente modificado pode 
ter "alterado a superfície dos intestinos das abelhas, o suficiente para 
enfraquecê-las e permitir a entrada dos parasitas - ou talvez tenha sido o 
contrário. Nós não sabemos".
"É claro, a concentração da 
toxina era dez vezes superior nas experiências do que no pólen normal do milho 
Bt. Além disso, a ração das abelhas foi ministrada ao 
longo de um período relativamente longo de seis semanas. Kaatz preferia ter continuado estudando o fenômeno, mas 
carecia dos recursos necessários. "Aqueles que têm o dinheiro não estão 
interessados neste tipo de pesquisa", disse o professor, "e aqueles que estão 
interessados não tem o dinheiro"."
(*)tradução de George El 
Khouri Andolfato

 
 















